Um punhado de outono. A vida deve seguir
Relicário teve início no Outono, a estação mais linda para se estar em Porto Alegre. A luz é dourada, os finais de tarde são deslumbrantes, o frio não é tão intenso, pede aquele agasalho mais encorpado e as ruas ficam cobertas pelas folhas que se despedem das árvores. Esse é o espetáculo anual que não me canso de assistir e de me surpreender. Sempre é lindo e mesmo que pareça repetitivo, sempre será diferente. É preciso ter olhos para a natureza e para as belezas que estão assim, de graça, espalhadas pelas calçadas da cidade.
Foi assim que no domingo, 02 de maio, ao sair para encontrar a Lelei Teixeira e a Kixi Dalzotto para apresentar o projeto, resolvi colher pelo caminho algumas folhas. Esse já seria o primeiro trabalho, dedicado a elas. Eu já sabia que iríamos trabalhar juntos. Tem coisas que a gente sabe. Na volta para casa, fiz essa foto que ilustra o post antes de guardá-las em um vidro e dei o nome de “Um punhado de outono. A vida deve seguir”. No período de 6 dias, elas secaram completamente. O quanto mudamos em 6 dias?